Prof. Carlos Augusto Soares – 5º Dan

Dir. Técnico do K.T.P.

Socorros e Urgências

Faixa Preta TRanparente fundoSOCORROS URGENTES

 

Consideramos o conhecimento dos procedimentos básicos de primeiros socorros, relevantes à todos que praticam atividades corporais. Conhecer os sintomas e terapias imediatas aos pequenos acidentes, é de utilidade para a vida cotidiana. Portanto, reunimos aqui, alguns fatores essenciais às necessidades urgentes, que tanto podem ser utilizados em acidentes esportivos, quanto em acidentes na rotina diária.

 

  1. ACIDENTES ESPORTIVOS

1.1. Fatores responsáveis

1.1.2. Variações climáticas:

1.1.2.1. Calor – Fadiga – Prejudica o sistema nervoso central (SNC), reduzindo o reflexo neuromuscular.

1.1.2.2. Frio – Dificulta a circulação – câimbras.

1.1.3. Preparo físico deficiente – diminuição da resistência orgânica.

1.1.4. Repouso insuficiente – cansaço físico e mental (SNC), diminuição dos reflexos (cansaço: mecanismo de defesa do organismo, que tem por finalidade resguardar um mínimo de energia para o funcionamento das necessidades vitais, evitando a síncope – consumo total de energia. A dopagem neutraliza esse mecanismo de defesa.

1.1.5. Preparo técnico deficiente – individuo com habilidade insuficiente para determinado nível de exigência.

1.1.6. Esforço excessivo – ultrapassar os limites orgânicos, sem controle.

1.1.7. Esforço insuficiente – organismo despreparado para a intensidade do exercício (p.ex. aquecimento insuficiente).

1.1.8. Material ou equipamento – má qualidade ou má utilização.

1.2. Medidas preventivas

1.2.1. Preparo físico e técnico.

1.2.2. Equipamento protetor adequado.

1.2.3. Equipamento de boa qualidade.

1.2.4. Conservação do equipamento.

1.2.5. Ambiente: conservação, manutenção, evitar o uso inadequado.

1.2.6. Esquema de segurança.

1.2.7. Evitar violência excessiva ou desnecessária.

1.2.8. Orientação, divulgação de normas preventivas.

1.2.9. Supervisão, fiscalização das entidades competentes.

1.3. Cuidados gerais de primeiros socorros

1.3.1. Assistência específica de emergência.

1.3.1.1. Atendimento de emergência / avaliação de risco.

1.3.1.2. Estabelecimento de prioridades.

1.3.2. Cuidados prioritários.

1.3.2.1. RCP – parada cardíaca.

1.3.2.2. RA – parada respiratória.

1.3.2.3. Hemostasia – hemorragia.

1.3.2.4. Prevenção ou combate ao estado de choque – profunda alteração circulatória, devido à diminuição da distribuição de sangue e conseqüente diminuição da distribuição das substâncias essenciais, provocando mau funcionamento dos órgãos essenciais, principalmente o SNC.

Sintomas: palidez intensa, sudorese, taquicardia, taquisfigmia (pulsação acelerada), dispnéia (falta de ar), hipotermia (pele fria, queda da temperatura corporal), agitação.

Manobras para evitar o estado de choque: elevar os membros inferiores e cobrir o indivíduo, para aumentar a oferta de sangue e evitar a perda de calor corporal, respectivamente.

1.3.2.5. Curativos e imobilizações provisórias – curativos para proteger os ferimentos e imobilizações (talas) quando houver lesão articular ou óssea, para encaminhar ao hospital sem agravar a lesão.

1.3.3. Cuidados complementares.

1.3.3.1. Posição: oferece à vítima proteção contra a asfixia ou aspiração de sangue, vômito ou secreção.

Os cuidados a seguir, são mais importantes quando o indivíduo estiver inconsciente. Em consciência, haverá defesa natural.

DLS – decúbito lateral de segurança (deitado de lado) é a posição que dá maior segurança.

DV – decúbito ventral (deitado com a barriga para baixo) com lateralidade da cabeça.

DD – em decúbito dorsal (deitado com as costas no chão), manter a cabeça em hiper-extensão cervical

1.3.3.2. Congestão facial: em caso de acúmulo de sangue na cabeça, provocada por derrame (AVE) ou calor, manter a cabeça mais alta do que o corpo.

1.3.3.3. Hemorragia na face ou no couro cabeludo: cabeça mais alta do que o corpo, lateralizada.

1.3.3.4. Hemorragia no ouvido: DLS, com a cabeça lateralizada para o lado da hemorragia.

1.3.3.5. Vômito: lateralizar a cabeça.

1.3.3.2. Conforto ou bem estar: Oferecer o maior conforto físico e/ou mental para minimizar o estado de choque; facilitar a respiração, transmitir confiança à vítima; evitar que o acidentado veja as próprias lesões e as de outras vítimas; evitar aglomerações, para facilitar a ventilação; não deixar o acidentado só.

1.3.3.3. Hidratação via oral: cuidados.

– Quando o SNC desencadeia o sentido da sede e a vítima solicita água, deve ser administrada à ela, no máximo um copo de água, pois se estiver em estado de choque, haverá reação de vômito.

– Se houver apresentação de algum traumatismo ou lesão no abdomem, não deve ser dado líquido.

– Nunca deve ser ministrado líquido à indivíduos inconscientes, pois parte dele irá para o estômago e a outra para os pulmões.

– Em caso de vômitos, não deve ser dado líquido, pois ela pode estimular a expulsão de água e de outras substâncias orgânicas.

– Álcool é totalmente contra indicado.

– Em caso de hemorragia interna, deve-se evitar estimulantes tais como café e álcool.

1.4. Atendimento médico

Todo acidente carece de atendimento médico. Os cuidados básicos não substituem esse encaminhamento.

 

  1. CUIDADOS ESPECIAIS

2.1. Asfixia: toda e qualquer situação que envolve carência de oxigênio no organismo (após 3min. Decorrida a asfixia, ocorre a parada cardíaca).

2.1.1. Principais causas:

– Afogamento.

– Inalação de gases.

– Aspiração de corpos estranhos.

– Soterramentos.

– Intoxicação (venenos, medicamentos)

– Doenças (tétano, pneumopatias, alergias)

– Estrangulamentos.

– Desmaios.

– Traumatismos toráxicos e/ou pescoço.

– Acúmulo de secreções ou sangue nas vias aéreas superiores.

2.1.2. Dispnéia – respiração acelerada.

– Arejar o ambiente, mantendo a vítima sentada ou recostada, até providenciar avaliação clínica.

2.1.3. Depressão respiratória (inconsciente).

– Decúbito dorsal.

– Hiperextensão cervical.

– Estimulação (amônia).

– Vigilância de pulso e respiração.

– Encaminhamento ao pronto-socorro.

2.1.4. Apnéia – interrupção da respiração.

– Respiração artificial – RA.

2.1.5. Parada cárdio-respiratória – PCR.

– Respiração cárdio-pulmonar – RCP.

2.2. Terapia.

2.2.1. Respiração artificial: manobras preliminares.

– Local seguro.

– Desobstrução das vias aéreas superiores – VAS.

– Rapidez (máx. 3min).

– Continuidade.

– Revezamento.

– Freqüência (R = 16 / min.).

– Observação ininterrupta a cada minuto – pulso e respiração.

– Manobras de compressão (expiração) e expansão (inspiração).

– Repouso pós ressucitação de 20 a 30 min.

– Avaliação clínica.

 

  1. TRATAMENTO GERAL DE EMERGÊNCIA

3.1. Obstrução respiratória: desobstrução das VAS.

– Remoção manual – abertura manual da boca, desenrolar a língua e, com os dedos, retirar o objeto estranho.

– Tapotagem – com a mão em forma de concha, dar tapas na região dos pulmões.

Observações:

– deve-se promover a hiperextensão cervical, para evitar que a língua do indivíduo inconsciente, encoste na garganta, impedindo a passagem do ar.

– Quando a vítima fica inconsciente, deve-se encostar o ouvido próximo à sua boca e tentar ouvir a respiração; deve-se também, observar o peito e a pulsação na artéria carótida.

– Na falta de pulsação, faz-se quatro insuflações boca a boca e depois tira-se o pulso.

– Em caso de necessidade, a massagem cardíaca externa – MCE, deve ser feita com o talão da mão, posicionado dois dedos acima do final do osso externo, pressionando-se com a força dos braços e com o auxílio do peso do corpo.

– Na falta de pulso, faz-se duas insuflações boca a boca / 15 MCE.

3.2. Parada cardíaca: percebe-se pela ausência de pulso carotidiano.

– Realização de MCE. Adulto: 60 vezes por min. – Criança: 80 vezes por min.

 

3.3. Parada cárdio-pulmonar.

– Executar R.A. + MCE. 1 socorrista: 15 massagens para duas insuflações

– 2 socorristas: 5 massagens para uma insuflação.

 

 

  1. MALES SÚBITOS

Conjunto de distúrbios orgânicos caracterizados pela brusca alteração nos sentidos e na atividade do indivíduo – alterações visuais, equilíbrio ou capacidade de locomoção alterada – normalmente ocasionados por alterações no SNC.

 

4.1. Lipotimia: desfalecimento, sensação de desmaio, astenia (fraqueza ou mau estar), que pode chegar ao desmaio.

Causas – jejum, fadiga (excesso de trabalho muscular), emoção, estresse.

Sintomas – palidez, sudorese, alteração na visão, náuseas, pulso acelerado.

Tratamento – indivíduo consciente:

– Vítima sentada, cabeça entre os joelhos; segurar a cabeça enquanto o sujeito força-a para cima (aumenta o fluxo de sangue no cérebro).

– Administrar ao indivíduo uma substância estimulante e açucarada (para não diabéticos).

– Estimular a respiração – amônia ou vinagre.

– Massagem dos membros – das extremidades para o centro.

– Manter o indivíduo em repouso, confortavelmente e sob vigilância.

Tratamento – indivíduo inconsciente:

– Cuidados com a asfixia – medidas de conforto.

– Membros inferiores elevados.

– Estimular a respiração.

 

4.2. Vertigem: sensação de giro, afetando o equilíbrio – tonteira. Não há perda da consciência.

Causas – labirintite, problemas cerebrais, envenenamentos (alcoolismo), calor excessivo.

Sintomas – náuseas, vômitos e alterações auditivas.

Tratamento:

– Cabeça mais alta do que o corpo.

– Evitar som e luz.

– Apoio emocional.

– Avaliação médica.

4.3. Derrame: acidente vascular encefálico.

Causas – aploplexia, distúrbio do SNC, lesão cerebral.

Sintomas – dor de cabeça forte (cefaléia), congestão facial (face avermelhada), pulso alterado, paralisias.

Tratamento – cabeça elevada, encaminhamento hospitalar.

4.4. Ataque cardíaco: enfarte.

Causas – má vascularização do miocárdio.

Sintomas – dor no peito, vômito, náusea, palidez, sudorese, falta de ar, tosse salivação rosada.

Tratamento:

– Repouso absoluto.

– Cabeça elevada para facilitar a respiração.

– Administrar remédio adequado, quando o indivíduo já possuir.

– Apoio emocional.

– Orientá-lo para que respire profunda e pausadamente.

 

 

  1. ATENDIMENTO PELA AÇÃO DO CALOR

A utilização do karate-gi pode potencializar as conseqüências do calor, sobre os praticantes. Portanto, as atenções devem ser aumentadas nos períodos mais quentes do ano.

 

5.1. Insolação: Causada pela exposição ou ação intensa dos raios solares, que causam supressão da transpiração.

 

5.2. Intermação: Ação intensa do calor em locais protegidos do sol, causando supressão da transpiração.

Teoria: desequilíbrio dos líquidos orgânicos, como a baixa de sódio – hiponatremia, e alteração dos centros nervosos devido a influência da alta temperatura corporal.

Sintomas:

Evolução brusca –

– Respiração difícil ou falta de ar – taquipnéia.

– Hipertermia.

– Cianose das extremidades – má circulação nas mãos e nos pés.

– Perda dos sentidos.

– Pele quente e seca.

Evolução lenta –

– Lipotmia – tonteira.

– Náuseas e vômitos.

– Cefaléia local ou generalizada.

– Hiperemia facial – vermelhidão.

– Pulso acelerado – taquisfigmia.

Tratamento:

– remover a vítima para local fresco e arejado.

– Diminuir a quantidade de roupas ou desaperta-las.

– Deitar a vítima com cabeça e ombros elevados.

– Refrescar o corpo com água à temperatura ambiente.

– Fricção nos membros inferiores para facilitar o retorno venoso.

– Administrar água ou líquidos em pequenas quantidades, para evitar vômitos.

– Soro caseiro.

– Atendimento hospitalar.

Observação: caso o indivíduo apresente hipotermia e palidez intensa, evite o banho frio.

Prevenção:

– Evitar exposição ao sol por longos períodos.

– Ingerir dieta leve (frutas e legumes).

– Tomar vários banhos.

– Vestir roupas leves, claras e folgadas.

– Evitar exercícios ou esforços excessivos.

– Aumentar a ingestão de líquidos, inclusive durante o treinamento.

 

5.3. Desidratação.

Perda de grande quantidade de água corporal, podendo levar à morte.

Sintomas:

– Vômito.

– Diarréia.

– Hipertermia.

Tratamento:

– Banho frio.

– Colocar bolsa de gelo ou toalha molhada na cabeça, região inguinal ou axilar.

– Suspender alimentação para não intensificar as náuseas e vômitos.

– Administrar soro caseiro em pequenas quantidades.

– Atendimento hospitalar.

 

 

  1. ACIDENTES POR AGENTES MECÂNICOS

6.1. Contusão: Lesão causada por agente traumático em que não ocorre rompimento da pele. Pode ter como agravante, a possibilidade de rompimento de órgãos internos.

Sintomas:

– Edema – passagem de líquido do meio vascular para o meio intertisial.

– Algia local – dor.

– Hematoma – lesão dos capilares.

– Hiperemia.

Atendimento:

– Aplicação de bolsa de gelo.

– Atendimento médico.

6.2. Escoriações: lesão das camadas superficiais da pele, causada por agente traumático.

Sintomas:

– Destruição das camadas superficiais da pele.

– Hemorragia capilar.

– Algia.

Atendimento:

– Limpeza – água e sabão; soro fisiológico; água oxigenada.

– Substância anti-séptica – mercúrio, mertiolate; iodo.

– Curativo – gaze esterilizada.

 

 

  1. LESÕES ÓSSEAS, MUSCULARES E ARTICULARES

7.1. Muscular.

Distensão – estiramento ou rompimento das massas musculares, provocada por movimento de estiramento violento, caracterizada pela dor e impotência funcional muscular.

Tratamento – gelo ou compressas de água gelada.

Contusão – agressão à massa muscular causada por agente externo (pancada).

Tratamento – gelo ou compressas de água gelada.

 

7.2. Articular.

Entorse ou torção – lesão ligamentar; torção ou movimento exagerado da articulação.

Sintomas: dor intensa, seguida de edema muscular (inchaço) e ecnose (mancha).

Tratamento: aplicação de frio e repouso com a região elevada.

Luxação – perda de contato entre as extremidades articulares. É de fácil visualização, pela deformidade causada.

Sintomas: impotência funcional articular, dor intensa, edema e ecnose.

Tratamento: aplicação de frio no local.

 

7.3. Ósseo.

Fratura – lesão óssea que ocasiona quebra ou rachadura de um osso

Sintomas: dor, deformidade, mobilidade irregular, edema, hemorragia.

Tratamento: na fratura simples ou fechada (osso dentro do tecido), deve-se imobilizar antes do transporte. Na fratura complicada ou exposta (osso exteriorizado), deve-se proceder inicialmente com a hemostasia e curativo protetor, para posteriormente imobilizar e transportar para o atendimento hospitalar.

 

 

  1. IMOBILIZAÇÃO

O objetivo da imobilização é diminuir a dor e evitar o agravamento da lesão. Deve-se utilizar talas resistente para a fixação e um acolchoamento para proteger a pele do contato com elas. As ataduras servem para estabelecer a fixação da tala e para a construção da tipóia, caso seja necessária.

Fêmur – uma tala na face externa do corpo das costelas (axila) ao pé, mais uma outra tala na face interna da perna, da região ignal ao pé. Deve-se fazer um acolchoamento nas regiões axilar e genital.

Joelho – uma tala para apoio, do calcanhar à nádega.

Tornozelo – rolo de pano (atadura) colocado ao redor do pé.

Costelas – colete de sustentação ( ataduras ao redor do tórax).

Mandíbula – atadura com quatro alças (cortada), utilizada para a sustentação da mandíbula, amarrando-se duas alças na parte de cima da cabeça e as outras duas, na nuca.

Fratura pélvica – Pode ser identificada pela dor ao movimentar a articulação coxo-femoral (quadril). Colocar a vítima em decúbito dorsal, sobre uma tábua com comprimento correspondente à altura do indivíduo. Fixação do sujeito da região umbilical à raiz da coxa. Fixar também uma perna à outra.

Fratura vertebral – Apresenta grande perigo para a medula. As mais comuns são as lesões nas regiões cervical ou lombar. O edema é menos grave, enquanto o esmagamento ou a secção são mais graves.

Lesão na região cervical –

Indivíduo inconsciente: observar na vítima a presença de ecnose, ferimento, cabeça em posição anômala.

Indivíduo consciente:

Sintomas:

– Dor forte na nuca.

– Dormência.

– formigamento nas mãos e dedos.

– paresia (perda da força).

– tetraplegia (paralisação dos membros).

– falta de ar.

– apnéia.

Atendimento:

– Vítima em decúbito dorsal (mobilizar o mínimo necessário).

– Cabeça em posição anatômica com acolchoamento sob a nuca.

– Tábua para sustentação de todo o corpo.

– Imobilização da cabeça, após a colocação do apoio cervical.

– Apoios laterais à cabeça.

– Fixação de todo o corpo à tábua.

Lesão na região lombar –

Indivíduo inconsciente: observar a presença de edema ou ferimento.

Indivíduo consciente:

Sintomas:

– Dor.

– Paresia.

– Parestesia

– Paraplegia dos membros inferiores.

Atendimento:

– Jamais fletir o tronco.

– Em decúbito dorsal, fixação do corpo em tala com comprimento correspondente à altura do sujeito, com acolchoamento para manter as curvaturas cervical e lombar.

– Fixação em decúbito ventral sem acolchoamento, mantendo a cabeça lateralizada.

SEMPRE QUE POSSÍVEL MOBILIZAR A VÍTIMA ATÉ ATENDIMENTO MÉDICO OU ESPACIALIZADO

OSS

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